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Edição atual tal como às 11h26min de 30 de outubro de 2008
História do Japão


O Período Meiji (língua japonesa: 明治時代, japonês: Meiji-jidai) ou Era Meiji constitui-se no período de quarenta e cinco anos do reinado do Imperador Meiji do Japão, que se estendeu de 8 de setembro de 1868 a 30 de julho de 1912. Nessa fase, o Japão conheceu uma acelerada modernização, vindo a constituir-se em uma potência mundial.
História
Antecedentes
Por volta de 1853, ao final do Período Edo (1603-1868), o Japão era um país feudal, economicamente atrasado, e que permanecia isolado em termos de Relações Internacionais.
Em 1853, os Estados Unidos da América invadiram a baía de Uraga e forçaram o Japão a abrir-se ao comércio internacional. A partir de então iniciou-se um período de turbulência que perdurou até à chamada Restauração Meiji.
A Restauração Meiji
Em 3 de fevereiro de 1867, Mutsuhito, então com quinze anos de idade, sucedeu ao seu pai, o Imperador Komei, e uma nova era de Meiji (regime iluminado) foi proclamada. A restauração Meiji, que teve lugar em 1868, terminou com o sistema feudal de duzentos e cinquenta e seis anos dos xogunatos Tokugawa.
O último shogun, Tokugawa Yoshinobu, renunciou em 1867 e, em 1868, o império foi restaurado. Os exércitos dos feudos de Satsuma, Choshu e Tosa, que agora compunham as forças imperiais, dominaram os seguidores dos Tokugawa e, pouco depois, asseguraram a restauração Meiji.
O governo Meiji assegurou às potências internacionais que iria seguir os antigos tratados negociados pelo bakufu e anunciou que iria agir de acordo com a lei internacional. Mutsuhito selecionou o novo título para seu regime (Meiji), para marcar o início de uma nova era da história do Japão.
As mudanças (políticas, econômicas e sociais)
A unidade política do país permitiu a centralização da administração pública, e a intervenção do Estado na economia. Isso, por sua vez, possibilitou reformas econômicas que consistiram na eliminação de entraves e resquícios do modo de produção feudal, na liberação da mão-de-obra, e na assimilação da tecnologia ocidental, preparando o Japão para o capitalismo.
Os antigos feudos foram extintos e os privilégios pessoais foram eliminados através de uma reforma agrária e da reformulação da legislação do imposto territorial rural.
Em paralelo, foram criadas universidades e um gabinete parlamentar (1885). Em 1889, foi promulgada a primeira constituição, instaurando-se uma monarquia constitucional.
Surgiram então os zaibatsus, os grandes conglomerados empresariais originados dos clãs familiares, como a Mitsubishi, a Mitsui, a Sumitomo, a Yasuda, dentre outros, que passaram a dominar cada vez mais a economia japonesa, atuando praticamente em todos os setores industriais, além do comércio e das finanças. Estes logo incorporaram as indústrias menores e, inclusive, as indústrias do Estado. Com esse processo de modernização, o Japão industrializou-se rapidamente, fortalecendo a sua economia.
Conseqüências
Após a morte do imperador Meiji, em 1912, o imperador Taisho tomou o trono, dando início ao período Taisho.
O Japão enfrentou graves problemas estruturais que, se não fossem superados, poderiam comprometer o seu crescimento econômico. Esses problemas consistiam em escassez de matéria-prima e de fontes de energia, e na limitação do seu mercado interno. Para tentar solucionar esse problema, o Japão investiu em seu poderio bélico, a fim de obter uma expansão militar. O exército japonês ocupou a Coréia, Taiwan, as ilhas Sacalinas e a Manchúria. Essa disputa, principalmente contra a China, conduziu o Japão à Primeira e à Segunda Guerra Mundial, e à sua derrota nesta última.